tag:blogger.com,1999:blog-250138762024-03-21T06:59:52.655-03:00Apenas o inícioSe fosse fácil, não era jornalismo!Unknownnoreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-28601320471278460582012-05-21T21:04:00.000-03:002012-05-21T21:09:08.065-03:00Aqui ninguém vai pro céu<ul>
<li>Sugiro que leia este post ouvindo "Não existe amor em SP" do Criolo. Não tanto como um embalo, mas como um complemento ao post.</li>
</ul>
Muito tenho lido ultimamente sobre uma suposta crise de identidade de brasileiros que passam algum tempo morando em outros países e ao retornarem, sofrem da síndrome do regresso. Uma espécie de ressaca moral para com hábitos brasucas de quem passou momentos em outros lugares e não se deparou com o jeitinho brasileiro, com a desordem, com os atrasos, com a corrupção, tão parte da nossa cultura.<br />
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Sinceramente? Uma crise que faz jus ao momento que o Brasil vive. Nada mais "classe média sofre" que uma crise de regresso! Foi dado aquele up grade no poder econômico da moçada e o pessoal (assim como eu, primeira da minha família a fazer um mestrado fora) vazou do Brasil em busca de uma valorização do currículo acreditando piamente que estudar fora ainda vale mais que fomentar a produção acadêmica nacional.<br />
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Partindo daí já podemos começar a pensar um pouco no tema. Porque essa síndrome de cachorro magro? Porque ainda insistimos em buscar fora, alternativas que já existem no Brasil? Porque ainda valorizar um currículo internacional em detrimento aos excelentes currículos nacionais? Porque a urgência em fugir do Brasil na primeira oportunidade que nos é dada depois de anos sofrendo com expulsões ditatoriais pelos militares? Porque achar que ainda somos terceiro mundo quando essa expressão já caiu em desuso?<br />
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Síndrome de regresso? Chocar-se com atrasos? Com analfabetismo, índices de homicídios superiores aos de guerra, violência contra mulheres, sexismo, homofobia, e tantos outros temas que nos afligem! Porque nos chocamos com temas que diariamente compactuamos para formar a sociedade que somos? Seria diferente e acreditaria nessa síndrome de regresso se em algum momento buscássemos ser cidadãos! Apenas comparar países europeus ou da América do Norte com o Brasil é muito pouco.<br />
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Vale lembrar aos detentores da síndrome o quanto nosso atraso é produto da exploração da hegemonia dos países do norte? Vale lembrar nossa tamanha incompetência ao eleger "festa estranha com gente esquisita" para nos representar? Vale lembrar nossa falta de vontade de sair às ruas para protestar? Vale lembrar nossa incompetência em lidar com problemas fundamentais como saneamento básico? Vale lembrar que não conseguimos dominar ainda aquela velha máxima infantil de que "todos somos um e juntos não existe mal nenhum"?<br />
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Pra um Brasilzão que está começando a se lambuzar com o melado agora, é mesmo necessário reclamar na hora do regresso. É necessário apenas ver aonde erramos e, detectado o problema... continuar reclamando! Ora, pra que pensar numa solução se na verdade o que eu quero é que as mazelas continuem, assim cada vez mais meu currículo valoriza. A maldita inclusão digital e econômica possibilita que outros também possam ter um currículo como o meu logo, tenho que inventar uma crise de regresso pra mostrar que o meu currículo vale mais. Afinal, quanto mais eu reclamar, mais civilizado foi o país que eu escolhi morar e significa, portanto, que no retorno eu valho mais.<br />
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Crise de regresso é pra quem ainda não fez as contas de quanto vale ser brasileiro. De quanto temos que extrair de nós mesmos energia e força de vontade pra mudar aquilo que nós permitimos diariamente que seja Brasil. Levanta e anda, rapaz. Síndrome, a uma hora dessas??? <br />
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<br />Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-40108354572642385412012-02-13T16:17:00.002-02:002012-02-13T16:24:53.053-02:00Como ser designer e vendedor ao mesmo tempo<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]-->É para ver com os olhos e não com as mãos! Esta é uma das frases mais ditas pelos pais quando nossos olhinhos infantis ainda insistem em tatear as prateleiras do mercado em busca de algo delicioso, gorduroso e bem colorido. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O culpado dessa inversão de sentidos? É o designer, aquele malandro por trás das embalagens, layouts, paleta de cores e mil outras artimanhas da pós-modernidade que insistem em elaborar a melhor forma de convencer qualquer pessoa que seu produto é o melhor e, por conseguinte levá-lo para casa. O designer é, portanto, um vendedor nato. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O cara estuda pra poder desenvolver uma maneira mais eficaz de fazer qualquer um acreditar que uma geleca mole, colorida e gelada vai fazer suas férias serem muito mais divertidas. Ou ainda que o conceito por detrás daquele modelo x ou y de relógio de pulso será a nova tendência da estação. Ou ainda, que o perfil da sua empresa a partir do layout de website desenvolvido por ele arrecadará mais e mais clientes, e tudo isso é igual a dinheiro na caixa.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O vendedor, aquela figura que sai de trás do balcão e caminha em sua direção abrindo um sorriso seguido por “em que posso ajudar?” é hoje só a pontinha do iceberg. O produto sendo ele um grafite na parede ou o desenvolvimento de uma marca, acaba sendo vendido não apenas pela presença física do vendedor tradicional, mas também daquele que pensou na trajetória, missão, visão e valores daquilo que está sendo comprado. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A função do vendedor “posso ajudar” confunde-se com o designer a ponto de serem consequência um do outro. Hoje, um bom vendedor deve entender de design e vice-versa. </p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-42025717545483393222011-06-14T09:32:00.006-03:002011-06-14T11:26:09.300-03:00Rotulação e senso comum, a gente vê por aqui.<ul><li>Sugiro que leia esse texto ouvindo a música Pagu, de Rita Lee e Zélia Duncan</li></ul><br />Meu nome é Marina de Oliveira Pimentel, tenho 23 anos, sou jornalista, vou casar no final do ano com um homem também jornalista. Moro em Portugal há nove meses. Estou aqui porque sou mestranda da Universidade de Coimbra, uma das mais antigas e respeitadas da Europa. Sou mulher, BRASILEIRA e não, não sou uma vadia!<br /><br />Decidi vir pra cá pela facilidade com a língua, a proximidadae cultural, por causa da fama da Faculdade e diga-se bem a verdade, porque mestrados no meu país ainda são muito caros.<br /><br />Desde que cheguei a Portugal minhas impressões sobre este país são diversas e divergentes. Ora adoro, ora odeio. Isso se deve ao atraso econômico e cultural do país, das belas paisagens, do carinho com que fui tratada nesse tempo todo pelos portugueses e principalmente pelo preconceito para com os brasileiros, mas principalmente pelas brasileiras.<br /><br />Ontem assisstindo um programa televisivo que faz sátiras ao Big Brother (<a href="http://www.rtp.pt/ultimoasair/index.php">O Último a Sair</a>) a conversa dos participantes (atores e pessoas públicas de Portugal) era sobre a saída de uma moça, - a gostosa e burra - da casa. E lá pelas tantas uma participante disse que a tal nem se lembraria que tinha estado na casa devido à sua burrice. Outra participante emendou dizendo que a tal que havia saído era a "típica brasileira". Justificando-se em seguida: "faz o que quer".<br /><br />Claramente as referências eram às brasileiras prostitutas e claro, ao rótulo que nós mulheres brasileiras temos mundo a fora. Nada mais do que vagabundas que saem do seu país para roubarem o marido das outras, mulheres honestas e donas de casa respeitáveis.<br /><br />Ok, diante disso, deveria eu entrar no mérito do preconceito ignorante daqueles que escreveram o texto e ainda mais daquela (TAMBÉM MULHER) que concordou em reproduzir tamanha asneira ou "parvoíce" como muito se usa por aqui?<br /><br />Será que devo combater preconceito com preconeito colocando aqui a imagem tosca de todas as nacionalidades que consigo imaginar agora? Devia eu reproduzir essa rotulação ridícula defendendo que nem toda brasileira é puta assim como nem toda portuguesa é bigoduda, nem toda colombiana é traficante, nem toda alemã é nazi e nem toda francesa é fedida?<br /><br />Eu tenho plena conscinência de que a fama que temos dentro e fora do nosso país se deve exclusivamente a nós mesmos. São anos e anos de propaganda sexual, transformando bunda e peito em mercadoria pra gringo ver. Somos um bando de mulatas sambando com um cocar na cabeça e uma caipirinha na mão aguardando o próximo inglês chegar pra mostrarmos nossa "hospitalidade tupinambá".<br /><br />Que fique claro, minha crítica aqui não é (diretamente) aos portugueses que tratam a brasileira como objeto. Mas a nós próprios que insistimos em vender essa imagem absurda de que: 1) no Brasil só tem verão, portanto andamos todas de biquini na rua e sim, você pode me comer a hora que você quiser, 2) somos um país "<span style="font-style: italic;">pra frentex</span>" aqui tudo pode, chega mais que pra você também tem e se não tiver damos um jeitinho, 3) chegou janeiro, bora colocar a mulherada de tapa sexo no caldeirão do Huck porque é isso que é cultura, né não?!!!<br /><br />Esse texto, em época de Marcha das Vadias e tantos preconceitos "políticamente incorretos" pode ser apenas mais um, ser um tema <span style="font-style: italic;">batido</span>. Mas não, não admito mais ser tratada como piranha. E mais, ainda que fosse a mais piranha entre as piranhas ninguém tem o direito de apontar o dedo na minha cara e dizer como devo agir por ser dessa ou outra nacionalidade.<br /><br />Chega de rotulação e senso comum, em português, brasileiro, inglês, espanhol, ou qualquer outra língua!Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-17080857177787550652011-03-18T07:23:00.003-03:002011-03-22T07:31:58.773-03:00Pois é...- Sugiro que leia esse texto ouvindo uma música que goste muito...<br /><br /> Bom, para começar gostaria de me desculpar por não estar firme e forte aqui no Apenas. Mudar de país gera uma certa instabilidade emocional na pessoa e essa turbulência toda fez eu me afastar do blog.<br /><br /> Mas, gostaria de voltar a escrever aos poucos, contar histórias, dar dicas, mostrar lugares novos ou não assim tão novos, mas enfim... Deleitem-se....Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-21406045444337199482011-01-31T12:17:00.003-02:002011-01-31T12:18:58.967-02:00DesculpasOlá mundo!<br /><br />Antes de mais, gostaria de me desculpar pelo ligeiro abandono do blog. A vida anda corrida e um pouco estranha também, assim, achei melhor dar um tempinho.<br /><br />Os passos vão se ajeitando e tudo começa a se reorganizar... ou pelo menos, estamos em vias de...<br /><br />Um abraço a quem acompanha!<br /><br />Marina.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-90149793052479285172010-08-24T14:31:00.002-03:002010-08-24T14:39:43.928-03:00Viver no exteriorAlém das notícias e do jornalismo diário o "Apenas" passará a publicar informações sobre a vida de uma estudante de mestrado em Portugal.<br /><br />Os posts serão publicados na página "Vivendo Fora" aqui do Apenas e trará dicas e dados importantes para quem deseja cursar uma especialização, mestrado ou doutorado na Europa.<br /><br />Além disso, todo o processo do aceite em uma Universidade estrangeira, gastos, custos, locais para morar, dicas culturais, locais para se visitar, etc. serão abordados nos textos do "Vivendo Fora".<br /><br />Acompnahe a aventura de estudar no exterior aqui pelo Apenas o Início e mande suas ideias, sugestões e experiências.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-30243911883308506532010-08-20T20:27:00.002-03:002010-08-20T20:34:06.747-03:00Marina Silva é destaque em jornal portuguêsCandidata participou de sabatina internacional na tarde de hoje<br /><br /><br /> Marina Silva, candidata do PV à Presidência participou de uma entrevista coletiva com jornalistas internacionais na tarde desta sexta-feira, dia 20/08. Nesta ocasião, Marina defendeu uma "mudança de paradigma" para o Brasil com relação a economia e ao uso sustentável de recursos naturais.<br /><br /> As declarações de Marina foram destaque entre outras mídias, na Rede RTP de Portugal. Além da entrevista da presidenciável, os incêndios brasileiros também ganharam espaço nos noticiários europeus.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-37261456030053103882010-08-20T08:40:00.002-03:002010-08-20T08:56:00.630-03:00UFPR abre inscrições para vestibular 2011Este ano Universidade oferece quatro cursos novos <br /><br /> O vestibular da Universidade Federal do Paraná abre suas inscrições hoje dia 20/08 a partir das 14h e encerra no dia 20 de setembro às 16h. A novidade desse ano são os quatro novos cursos ofertados pela Universidade que são Agronomia no Campus de Palotina, Informática Biomédica, Tecnologia em Gestão Pública e Terapia Ocupacional noturno em Curitiba.<br /><br /> A taxa de inscrição são R$80,00 e para os estudantes que quiserem concorrer como treineiros, a taxa é de R$79,00. As provas da primeira fase ocorrem no dia 14 de novembro. Os candidatos selecionados para a segunda fase, realizam provas específicas nos dias 5 e 6 de dezembro de 2010. O horário das provas ainda não foi estabelecido pela UFPR. A inscrição deve ser realizada pelo site da UFPR: www.nc.ufpr.br<br /><br /> Além da lista de obras indicadas para a realização da prova, os candidatos que prestarem vestibular para os cursos de Sociologia e Filosofia também apresentam livros específicos de estudo.<br /><br /> A lista de livros para todos os candidatos é a seguinte:<br /><br />Anjo Negro - Nelson Rodrigues<br />Dom Casmurro - Machado de Assis<br />Felicidade Clandestina - Clarice Lispector<br />Inocência - Visconde de Taunay (Alfredo d’Escragnolle Taunay)<br />Leão de Chácara - João Antônio<br />Muitas Vozes -Ferreira Gullar<br />O pagador de promessas -Dias Gomes<br />Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles<br />São Bernardo - Graciliano Ramos<br />Urupês -Monteiro Lobato<br /><br /> As obras específicas para as provas de Sociologia e Filosofia são encontradas no site da Universidade.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-35200376300186882912010-08-19T15:02:00.004-03:002010-08-19T15:36:13.802-03:00Calendário de licenciamento de veículos vai até novembroA partir desse ano proprietários não recebrão mais o boleto em casa <br /><br /><br /> O calendário para o pagamento do Licenciamento Anual de Veículos no Paraná inicou ontem, quarta-feira (18) e acaba no dia 30 de novembro. A novidade é que este ano o DETRAN não enviará os boletos via Correios e os proprietários devem dirigir-se até uma agência do Banco do Brasil para imprimir e pagar a taxa que é de R$29,34 para todos os veículos. Já o seguro obrigatório varia de acordo com tipo, espécie e categoria dos automóveis e pode custar entre R$84,77 e R$380,83.<br /><br /> Aqueles que são correntistas do Banco do Brasil podem pagar direto no caixa eletrônico. Já os que não têm conta no banco terão de enfrentar fila no caixa para poder quitar a taxa.<br /><br /><br /> "BURROCRACIA"<br /><br /> Ter que se deslocar para imprimir e pagar o boleto é um grande incômodo para a maioria dos motoristas. Mas o mais interessante, fora a burocracia gerada por esta mudança, é que o próprio DETRAN imprime e envia para a casa dos proprietários um aviso para lembrá-los do vencimento do seu licenciamento dez dias antes do prazo. <br /><br />Se haverá o gasto de enviar uma correspondência de alerta, por que então já não é enviado o próprio boleto? De acordo com o DETRAN uma mudança no Banco causou essa alteração, que faz com que o proprietário corra atrás de imprimir o boleto.<br /> <br /><br /> DATAS DE PAGAMENTO<br /><br /> As datas para pagamentos são dividas de acordo com o final das placas dos veículos. Dessa forma, os carros com placas que terminam em 1 e 2 têm pagamento previsto para agosto. Em setembro devem ser pagos os veículos com placas finais 3 e 4. Em outubro os donos de carros com placas 5, 6 e 7 é quem devem quitar seu licenciamento anual e em novembro, os carros com placas 9 e 0.<br /><br />Maiores informações você encontra no site do DETRAN-PR: http://www.detran.pr.gov.br/Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-14627823704716792282010-08-19T11:14:00.006-03:002010-08-19T11:47:33.021-03:00Newsweek divulga ranking dos 100 melhores países para se viverBrasil é 48º e aparece atrás de Argentina, Chile e Jamaica<br /><br /><br /> A Revista Newsweek publicou esta semana um estudo realizado com o auxílio de Instituições e personalidades como o Prémio Nobel Joseph Stiglitz, uma lista dos cem melhores países para se viver. O estudo tem como base indicadores de saúde, educação, economia, qualidade de vida e ambiente político nos anos de 2008 e 2009. <br /> <br /><br /> O Brasil é o 48º na lista, atrás de países latinos como Uruguai, México, Argentina e Jamaica, que são os quatro anteriores ao Brasil. O país sul-americano melhor colocado no ranking é o Chile, que aparece em 30º. A pesquisa mostra que o Chile conquistou um score de 69.47 pontos em qualidade de vida, enquanto que o Brasil apenas 47.85 pontos.<br /><br /><br /> Os três primeiros colocados são respectivamente Finlândia, Suíça e Suécia. Sendo que o score da Finlândia - também para qualidade de vida - atingiu os 102 pontos. Potências mundiais como Estados Unidos e Reino Unido aparecem em 11º e 14º lugares.<br /><br /><br /> A lista completa da Newsweek você confere em: http://www.newsweek.com/feature/2010/the-world-s-best-countries.htmlUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-20913108889642774192008-11-12T13:49:00.003-02:002008-11-12T14:25:29.061-02:00Entre Machado de Assis e Bernardo Guimarães<em>Sugiro que leia esse texto ouvindo qualquer música que pareça ser intelectual.</em><br /><em></em><br />Morena pegou seus óculos e sentou-se na poltrona da sala que ficava exatamente embaixo da janela. Luz. Pensava ela, se ajeitando da melhor forma, para que não precisasse forçar a vista. Meus olhos já não são mais os mesmos! Suspirou em tom baixo.<br /><br />Estava no capítulo três e tinha a irritante mania de marcar até que página deveria ler assim que pegava o livro em mãos. Hoje, vou até a 116. Pensou enquanto separava as páginas com o indicador esquerdo. Essa mania vinha de criança, quando tinha que ler para os trabalhos da Escola.<br /><br />Romance. Morena adorava romances e não porque tinham casais apaixonados, não. Mas pela dramaticidade dos textos. Era fã de Machado de Assis e não se continha quando a conversa com o namorado Murilo, parava nas obras de Bernardo Guimarães. Achava que esses autores sempre davam um tom afrodisíaco às conversas com seu amado e depois das discussões sobre literatura e uma garrafa de vinho, era certeza. Viria a hora da sacanagem.<br /><br />Morena e Murilo eram um casal <em>cult</em>, não era difícil encontra-los. Filmes? Sempre no segundo andar da Cartoon ou na Vídeo 1. Marx, Freud e filosofia chacoalhavam os neurônios do casal. Pra quem passava distraído, com certeza pensava: Que chatice esses dois, não se amam e precisam conversar sobre temas polêmicos para se aturarem.<br /><br />Eles riam, entre um novelle vague e outro, tiravam sarro de suas intelectualidades e não abriam mão de ouvir Chico Buarque durante um jantar à luz de velas. O passo seguinte era um capuccino em um café escuro da cidade e quando nada disso era possível, voltavam ao papo do Machado e do Bernardo, afinal, depois deles o que interessava mesmo, era a parte da sacanagem.Unknownnoreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-64072959995493282872008-11-06T18:23:00.002-02:002008-11-06T18:39:04.194-02:00Juliana<em>Sugiro que você leia esse texto ouvindo qualquer música da Alanis Morissette</em><br /><em></em><br /><br />Era impressionante a sensação de cansaço que acometia Juliana, praticamente não conseguia subir as escadas que davam acesso à magia das aulas universitárias.<br /><br />Juliana era forte, estava acostumada a dormir tarde e, geralmente passava as madrugadas corujando ora em seu computador, ora na televisão. De cigarro em cigarro, as horas passavam e quando Juliana via, já eram duas da manhã.<br /><br />Mas nas últimas quarenta e oito horas, as coisas não foram bem assim. Juliana cerrou os olhos apenas quatro míseras horas. Trabalhos. Dizia ela quase inconsciente. A culpa da insônia eram os trabalhos acadêmicos.<br /><br />Na última quinta-feira - e não sei bem porque as crônicas desse blog só acontecem na quinta-feira - por volta das 18 horas, Juliana não suportou. Ao chegar na Universidade, a pobre coitada não teve tempo de nada. Simplesmente adormeceu. Parecia que nada faria a garota acordar. As luzes já haviam apagado, os colegas ido em embora, quando de súbito, Juliana levantou.<br /><br />Sem ação e perturbada por encontrar-se sozinha, não pensou em ligar para ninguém. Já que havia acordado no meio da noite, resolveu fazer como de hábito. Ligou o computador da faculdade e entre um cigarro e outro, passou a noite ali, corujando.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-82069021876098480222008-10-29T16:29:00.021-02:002008-10-30T15:21:54.273-02:00Suzana<em>Sugiro que leia esse texto ouvindo You Know I´m no good, da Amy Winehouse </em><br /><br />Suzana era moça bonita, seus vinte e poucos anos enchiam qualquer lugar por onde ela passava. Era uma morena alta de cabelos longos e cacheados, um par de olhos verdes escuros que pareciam iluminar seu caminho. Aliás, não só seu caminho, mas de todos que estavam ao seu redor.<br /><br />Alguma coisa nela me intrigava. Não sei muito bem se era uma intriga ou aquela ponta de inveja feminina que todas nós sentimos umas das outras mesmo que em silêncio. Enfim, toda vez que a via, esse ar misterioso de intriga com pitadas de inveja me acometia. Talvez pelo fato dela ter em sua essência, um quê de estrela do Rock.<br /><br />Certo dia, vinha Suzana desfilando com sua tatuagem de flores que descia do seu colo e tomava seu braço esquerdo, quando Joel, um desses desocupados que fazem bicos em qualquer birosca pra viver, gritou pela morena. O grito ecoou por todo o bairro e logo pude perceber que não se tratava de um simples chamado. Joel e Suzana tinham realmente um <em>affair</em>, e aquilo que se via no meio da rua era uma cena passional.<br /><br />Joel gritou de maneira a chamar a atenção até dos cachorros, que pararam de latir com seu berro estridente. Ele queria mostrar para todo o público que a bela morena era dele, mas ela não deu ouvidos e seguiu andando, enquanto o malandro bradava frases de amor, ódio, desculpas e vingança.<br /><br />Cansada das grosserias de Joel, Suzana o deixou e marcou como definitiva essa atitude, sua tatuagem de flores. Não parecia nada de mais, até o início da semana, quando notei que as flores tatuadas, são as mesmas que até hoje, a morena repousa sobre o túmulo de Joel.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-35879793246760998362008-10-23T20:03:00.010-02:002008-10-23T20:15:45.879-02:00No posto de gasolina<p><em>Sugiro que leia esse texto ouvindo a música Wonderwall, do Oasis<br /></em><br />E me peguei pensando em meio ao caos que me encontrava aquela semana, que beleza de vida tenho eu! Mesmo com as intempéries que vinham ocorrendo nos últimos dias, ainda assim me senti interessante e vi que havia motivo para seguir.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigwOQdt1LNLlrEzPgx-Mvaojk-DdDVXIbxVwtzSxmuTu15UtDKufg9XZiLL26EGMvNjzbnT3uXlR0lTomMZpNgCZZnKulS3H7R7MKEt7I0wytJ1Wt_EYpBWWPcn7uqrxNb1GSr/s1600-h/IMG_0826.JPG"></a><br />E esse pensamento veio durante o início de noite da quinta-feira, quando parei para abastecer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUBoSR6PHBY4YAAuKkD0ThCve-grD5lWvHD9B5IbHY6jM69UKjEpk0yBUd-UCPeIwDwIaAHJRb9G-wgnW89OUXyDscir0YWP6KaIrbQkHdH2kR9WYlR-o3ozCpsRLoomXAeb7/s1600-h/IMG_0826.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260475677194096482" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 243px; CURSOR: hand; HEIGHT: 181px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUBoSR6PHBY4YAAuKkD0ThCve-grD5lWvHD9B5IbHY6jM69UKjEpk0yBUd-UCPeIwDwIaAHJRb9G-wgnW89OUXyDscir0YWP6KaIrbQkHdH2kR9WYlR-o3ozCpsRLoomXAeb7/s320/IMG_0826.JPG" border="0" /></a> e a mão escorregou pelo painel do carro, tocando de leve os botões do rádio, sintonizando uma música antiga, de um grupo inglês, que me lembrou o tempo em que estive no Velho Continente.<br /><br />Incrível como uma leve escapada de mão, pode fazer o rumo e, principalmente o humor de alguém mudar rapidamente. Respirei fundo ouvindo aquele musiquinha que enchia meu peito de saudades e me deixei envolver pelo cheiro da gasolina que saia da bomba.<br /><br />Quando dei por mim, o moço já estava batendo na janela com a ponta da chave e, no susto, acordei como que de um transe. Deixei a carteira cair na hora de pagar e o moço me olhou com uma cara de como quem diz: ô minha filha, anda logo que a fila “ta” grande.<br /><br />Saí sorrindo, se não me falha a memória e a música acabou, assim como a quinta-feira.</p>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-15937135916567741312008-09-16T10:36:00.002-03:002008-09-16T10:40:16.258-03:00Voltando<span style="font-size:85%;">Não há sugestão de músicas hoje!</span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Estou voltando à ativa. Este blog, que quase foi desativado, volta agora por forças maiores à sua velha forma. Talvez não à velha forma, com textos criativos e tiradas engraçadas, mas enfim, volta.</span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Impressionante o que a faculdade faz com as pessoas. Faz inclusive retornar à escrever.</span><br /><br /><span style="font-size:85%;">É isso aí... a empolgação é muito pequena, diante de tão explêndido blog. </span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Obrigada e volte sempre!</span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-85898193665471181252008-04-19T13:51:00.001-03:002008-04-19T13:52:34.760-03:00Tu vens<ul><li><em>Sugiro que leia esse texto ouvindo Anunciação de Alceu Valença.</em></li></ul><p>Rosa esperou vinte anos. Quando jovem, acreditou na promessa de que um dia, por mais difícil que fosse, ele voltaria para buscá-la e a envolveria em seus braços, protegendo-a e a levaria para seu ninho de amor.<br /> <br /> Rosa apresentava marcas do tempo em seu rosto moreno. Aos quarenta anos, a mulata Rosa tinha uma pele linda, mas cansada do sol. Sua silhueta era a mesma de vinte anos atrás. Rosa tinha anca larga e seios como que moldados, de tão perfeitos. Esses vinte anos não fizeram de Rosa uma mulher gasta. Mas sim, uma mulher pronta.<br /><br /> A mulata Rosa ia e vinha com baldes de roupa para lavar ao pé do riacho. Rosa era calada e isso sim, mudou com o tempo. Na sua juventude, Rosa era falante, cheia de sonhos e planos. Até que ele foi embora.<br /><br /> Com o tempo, Rosa foi se calando e apenas com a companhia do sol, não falava mais que o necessário.<br /><br /> A mulata mais linda das bandas de Piriofa, morava em uma choupana antiga que seus avós deixaram para a família, e que seus pais na época da guerra faziam guarda com medo de ações inimigas. Mal sabiam eles que nenhum alemão se atreveria a chegar em Piriofa.<br /><br /> O problema é que nas regiões de Piriofa, os inimigos nem sempre eram os alemães, mas sim os coronéis que ateavam fogo nos vilarejos dos sertanejos que deviam, ou que os contrariavam.<br /><br /> Foi numa dessas, que o pai de Rosa morreu. Adêmico, o dono do pedaço, não exitou em meter chumbo no Sr. João, que devia ao Coronel um burro, e algumas sacas de farinha.<br /><br /> O povo de Piriofa se calava poucas vezes, mas se não se ouvia um pio na região, com certeza era porque ou os Coronéis ou os cangaceiros estavam por perto.<br /><br /> A mãe da mulata Rosa, Dona Rosa Maria, faleceu de desgosto após perder seu amado João para Adêmico, que insistia em dizer que se a família não pagasse o tal do burro e das sacas, levaria a mulata Rosa para sua fazenda e faria dela o que bem entendesse.<br /><br /> Num dia de ventania, os cangaceiros liderados por José Navalha invadiram Piriofa e fizeram um estrago dos grandes na região. Além de saquear, violentar e tudo aquilo que era peculiar aos cangaceiros do bando de Navalha, deram um golpe ímpar.<br /><br /> Os bandoleiros de Navalha invadiram a fazenda de Adêmico e não sobrou nada. Mataram o coronel, suas filhas e deram um jeito de fazer com que o filho mais velho de Adêmico fosse parar na Guerra.<br /><br /> Por um lado, o povo de Piriofa ficara livre de Adêmico, mas por outro, estavam entregues aos caprichos de Navalha e seus homens. E foi assim que Zezinho Canivete conheceu a jovem mulata Rosa.<br /><br /> Num misto de ódio e amor, Rosa apaixonou-se por Canivete, que juntou-se a jovem moça. O povo de Piriofa, não aprovava em nada o amor dos dois, e alertavam Rosa para que deixasse o mal feitor. Mas ela, acreditava em Canivete, que havia deixado o bando de Navalha para juntar-se à moça.<br /><br /> O que ocorria, é que naquela época, não existia a possibilidade de ser um ex- cangaceiro. Para Navalha, o que Canivete fez, era imperdoável. Não havia, de forma alguma a possibilidade de largar o cangaço por um rabo de saia qualquer. E Canivete teria de pagar um preço alto. <br /><br /> Já que havia matado o mais poderoso coronel da região, Navalha tinha livre acesso à Piriofa e a cada dois meses voltava à região para se “reabastecer”. Foi em um retorno desses que Navalha resolveu acertar as contas com Canivete.<br /><br /> Enquanto Rosa lavava as roupas no riacho, Navalha fez uma investida na velha choupana e pegou Canivete pelo pescoço dizendo que se não fosse embora com ele, Rosa sofreria sérias conseqüências.<br /> Canivete sabia do que o ex-chefe era capaz e pediu uma trégua. Disse que não era mais dessa vida e que havia se aquietado. Mas nada fez o velho cangaceiro mudar de idéia.<br /><br /> Navalha arrastou Canivete até em frente ao retrato de Rosa e berrou que se não fosse com ele naquele momento, Chiquinho iria fazê-la mulher de verdade e que mais três ou quatro do bando já estavam fazendo guarda perto ao riacho.<br /><br /> Desesperado, Canivete concordou em ir com Navalha e pediu para que esperasse Rosa voltar para despedir-se. Navalha não tinha cara de bom moço e é claro que disse não.<br /><br /> Canivete escreveu em um pequeno papel a frase: Minha preta, por mais difícil que seja eu vou voltar!<br /><br /> Quando Rosa chegou na choupana e não viu sinais de Canivete, entendeu o que se passara enquanto estava fora. E chorando muito, encontrou o pedaço de papel com os dizeres de seu amado.<br /><br /> Vinte anos se passaram, e a cada lua cheia, Rosa pedia aos céus para que Canivete tomasse o rumo de casa. Em uma manhã de domingo, enquanto a mulata estendia seus lençóis, calada como sempre, ouviu os sinos da Igreja soarem. Rosa colocou o balde em cima do morrinho de areia e a mesma ventania de anos atrás começou.<br /><br /> Em meio à ventania vinha um cavalo e montado nele, um homem cansado com roupas sujas e barba por fazer. Rosa sentiu seu corpo vibrar e os vinte anos de espera passaram como um filme diante de seus olhos. A mulata tirou de dentro do vestido um papel amassado com a mensagem de esperança de Canivete.<br /><br /> Ele veio vindo e desceu de seu cavalo, agarrando a mulata que chorava e ria misturando os sentimentos. Os dois se amaram e Piriofa sorria novamente com o sorriso da mulata.<br /> </p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-14468752209879287242008-04-02T23:30:00.001-03:002008-04-02T23:32:46.932-03:00Palavras, minhas palavras...<ul><li><em>Sugiro que leia esse texto ouvindo qualquer música a seu gosto. Hoje sumiram-me não somente as palavras, como também as indicações.</em></li></ul><p>Meu texto morreu! Nada me inspira a escrever, talvez minha ansiedade esteja corroendo a parte do meu cérebro destinada às palavras. E justo hoje que eu queria tanto contar como foi meu dia.<br /> A máquina que ficava na estante de ferro da sala, tal qual a própria estante, enferrujou e não há nada que se possa fazer para mudar isso. Até porque, nas limpezas quinzenais que minha mãe insiste em fazer aqui em casa, ela já encontrou um outro dono para as minhas ferrugens e passou minha querida máquina adiante.<br /> Ainda hoje pela manhã, lembrava do primeiro texto que caprichosamente escrevi com ela. Era algo como a redação de volta às aulas, que a professora da segunda série pedira.<br /> Com meus oito anos, ganhei a máquina e para imitar meu pai que era escriturário, escrevia nela longos textos de 3 linhas. Sim, eles eram de fato longos, afinal, com oito anos, tudo que ultrapassa a primeira frase pode ser considerado uma coleção literária numerosa.<br /> E hoje, anos depois, me faltam palavras. Seria muito absurdo pensar em escrever sobre as férias da segunda série? Talvez se encontrasse o texto dos meus oito anos e me lembrasse como foram aquelas férias, tudo voltaria ao normal.<br /> Mas, assim como as ferrugens, minha mãe deu um jeito também nas lembranças do primário. E isso, é algo que gostaria de entender. Por que será, que mães dão fim nas nossas coisas?<br /> Já pensei em trocar a fechadura de casa é verdade, mas dessa forma, não encontraria a cada quinze dias os livros arrumados e as cuecas limpas. Mais que limpas, passadas, dobradas e como que por mágica, arrumadas uma a uma dentro da gaveta esquerda.<br /> Mesmo com cuecas limpas e livros arrumados, o que facilita em 90% a vida masculina, eu não encontro palavras. A organização da minha mãe é tanta, que talvez no meio dessas arrumações ela possa ter guardado minhas idéias e esqueceu de me avisar aonde colocou.<br /> Ou pior que isso, ela pode ter doado minhas idéias junto com as ferrugens, uma tremenda sacanagem, já que sou escritor. Pô mãe, daí já é demais, né?!<br /> Outra coisa que facilita a vida do homem e que minha querida mãezinha me auxilia é a preparação do café. Aquele que me acompanha durante horas na incessante procura por idéias.<br /> Falando nisso, amanhã é dia da visita da mamãe. É bom mesmo, porque a comida está acabando e pelo menos o bolinho ela traz e quem sabe no recheio do bolo de cenoura, não estão as idéias que sumiram daqui há mais ou menos 15 dias? </p>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-58266614483250150662007-11-29T15:03:00.000-02:002007-11-29T15:09:22.769-02:00Sim, nós temos.<ul><li>Sugiro que leia esse texto ouvindo a música <em>"O último pôr do Sol"</em> do <em>Lenine.</em> Porque amigos que são amigos, ouvem Lenine.</li></ul><p align="left"> Eu tenho e provavelmente você também tem, caro leitor. Meus pais têm, meus irmãos têm, meu namorado têm, minha vizinha têm, meus chefes, bem até eles devem ter... Amigos, caro leitor, todos nós temos amigos. Aquele ser extremamente estranho que muitas vezes discorda de você durante horas na mesa do bar e ainda paga sua conta, porque você ta sem nada. Aquele um que te liga pra dizer: Pô cara! Vâmo fazer alguma!! Ou pra dar a pior notícia de todos os tempos. É incrível, elas sempre vêm pelos amigos.<br /> E eu, caro leitor, eu tenho amigos. Em especial tenho uma amiga, que no início da amizade - e isso é muito comum – a odiava. Sabe como é né? Precisamos competir com alguém, a única que estava no meu nível de competição era ela. Enfim, hoje não sei viver sem a dita cuja.<br /> Eis que desde os tempos em que competíamos até hoje, já se passaram muitos anos e muito mudou. Não só em nosso corpo, porque isso é inevitável, mas em nossas mentes e corações e isso, isso nada no mundo paga. Ela me contou certa vez, uma linda história de amor, daquelas que tem todos os personagens e ingredientes de romances, os mocinhos, o vilão, os motivos diversos por eles não ficarem juntos e o maravilhoso e mais puro amor dele por ela e dela por ele.<br /> Como é próprio de nós, amigos dos amigos, os escutamos por horas e ainda podemos palpitar na história que é contada por eles, sem que se criem casos, apenas risadas ou reflexões demoradas que terminam em: É, você tem razão, eu não tinha pensado nisso. Nesse caso, amigo leitor – veja que já está na condição de meu amigo – eu resolvi palpitar na história dessa minha amiga por texto.<br /> E cá estou eu, dedicando toda uma página com grandes rascunhos pela história alheia. Mas saiba amiga, e ela sabe que é para ela, faço isso porque a história é boa.Infelizmente você, amigo leitor, não poderá saber da história na íntegra, pois levariam tardes e tardes, noites e noites para que a mesma fosse concluída. É, os amigos além de tudo sempre falam bastante e essa espécie que trato em meu texto fala muito.<br /> O que ocorre amigo leitor é que - como você tem amigos, deve saber - nos envolvemos muito com as histórias que nos são contadas por estes seres tão queridos. E de alguma maneira, tentamos fazer o melhor para eles e para nós mesmos. Aqui não é diferente, estou desabafando sobre a passagem romântica da minha amiga.<br /> Como havia dito, a história que ela me contou foi sim um romance, mas não um conto de fadas e acredito que ela ainda não conseguiu entender muito bem essa diferença. E é para isso que estamos aqui, nós amigos. Para lembrar nossos queridos que nem tudo é fantasia e festa e que infelizmente, o mocinho não ganha sempre e que Romeu e Julieta não ficaram juntos de primeira. Um abraço a todos os meus amigos e aos seus também.</p>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-37812510275920677382007-11-27T16:04:00.000-02:002007-11-27T16:08:42.490-02:00Na minha tela<ul><li>Desculpem a demora na renovação, mas minha fábrica de textos não trabalha em horário comercial.<br /></li><li>Sugiro que leia esse texto ouvindo <em>"Summertime"</em> por <em>Miles Davis</em>. Sim, trompetes a toda!</li></ul><p align="justify">De frente ao computador o mundo me parece não ter vida. São horas e horas perdidas, vasculhando espaços estranhos, muitas vezes pessoas estranhas e a depressão junto à vontade do chocolate vem a galope.<br />Nesse meio de noite nem a tv não adianta mais. Vivas pro meu computador que me abre mundos e fundos às 3:58 da manhã. Excelente horário pro Miles Davis me fazer companhia. E não, não me venha falar de livros de madrugada que eu não consigo me concentrar para ler. Até tentei.. mas o Mundo de Sofia pesa muito.<br />Se eu fumasse, tenho certeza que o faria agora, nesse momento. Com essa luz da Lua entrando pela fresta aberta da janela e concorrendo com a tela do computador pra ver quem ilumina mais meu quarto, seria o momento perfeito pra acender o cigarro. Mas não, não fumo.<br />O jeito é ficar com o Miles Davis mesmo, desligar o computador e nessa madrugada que se faz tão minha, fechar os olhos e me banhar com essa Lua...</p>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-64838224838913759782007-06-30T14:50:00.000-03:002007-06-30T15:04:36.402-03:00Calafrios de curiosidade<ul><li><em>Homenagem ao meu querido amigo Tiago Pena, que por vezes deixa-me curiosíssima ao não contar por inteiro suas histórias. Amo você, querido! Obrigada.<br /></em></li><li><em>Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Chill Out", de Carlos Santana.</em></li></ul><p>Quando ele entrou em minha casa sorrateiro, percebi em seus olhos um ar de mistério, trazia consigo um embrulho num papel já amassado meio cor de rosa, daqueles que servem para envolver presuntos defumados.<br /><br />Eu já estava sonolenta e sentia o ar sombrio com que ele movimentava-se em minha sala apertada. Largou o embrulho em cima da mesa, ligou a tv e colocou num volume baixo para que eu não acordasse. Ainda assim, sentia vontade de ir falar com ele, mas o cansaço me acometia e não conseguia levantar.<br /><br />No dia seguinte, quando acordei, nem ele, nem o tal pacote estavam em casa e dei-me conta que estava ligeiramente atrasada.<br /><br />Tomei um banho às pressas e não parava de maquinar que diabos era aquilo que ele trouxera na noite anterior. Pensamentos iam e vinham e também a idéia de que morreria na curiosidade mórbida que me tomava as pernas e subia até meu ventre, causando-me enormes calafrios por não distinguir o que era aquele maldito embrulho.<br /><br />O dia foi passando e a imensa angústia pelo não saber era motivo de distrações e maus pensamentos.<br /><br />Ao retornar a meu lar, segui até a cozinha e encontrei em cima da geladeira o tal pacote.<br /><br />Estávamos nós ali, eu e o embrulho e podia, sem dar na vista, abri-lo e sanar minhas questões.<br /><br />Pois bem, lá fui eu, tão sorrateira quanto ele na noite anterior, sentia-me cometendo um delito.<br /><br />Abri o dito cujo! Pronto, acabou-se minha curiosidade. </p><p> </p>Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-38014224073326286782007-06-07T20:07:00.000-03:002007-06-07T20:10:57.588-03:00Na dúvida, dono de bar..<ul><li><em>Sugiro que leia esse texto ouvindo a música "Down em mim", do Cazuza.</em></li></ul>Pode encher esse copo, Julio. Enche e põe gelo, que hoje promete.<br />Ta tudo uma merda mesmo, se eu tomar todas hoje, pelo menos esqueço isso por alguns instantes.<br /><br />O mais engraçado é que quando entramos na faculdade ninguém diz pra gente que vai ser assim né! E nós, jovens, acreditamos que será o momento de renovação do espírito, de brigas políticas, o mundo nos espera!! Passamos quatro anos acreditando em tudo isso pra nos formarmos, naquela festa linda onde todos nos dão parabéns pela vitória! <br />Porra! Só depois mesmo, formados e sem emprego que vemos a realidade!!<br /><br />Vai Julio, enche aí, meu! To falando que hoje vou beber até cair.<br />Ai passa o tempo e você arruma aquele trampinho requenguela, ganhando uma miséria pra sustentar sua casa, sua vida, que quando você tinha 20 anos, por rebeldia resolveu sair de casa, só se esqueceu que a faculdade não é eterna e que seus pais não vão te sustentar pra sempre.<br /><br />No trampo, dá sua alma, e descobre que realmente a secretária do chefe é a mais gostosa do setor, o problema é que ela é casada. Tudo bem, você não se importa, porque lembra da Ritinha, aquela gata da faculdade que te jurou amor eterno e com certeza, ta te esperando em casa.<br />Daí bate aquela puta incerteza, mas é mesmo a Ritinha? Lógico que é, você só se dá conta quando vê ela dormindo no sofá toda desajeitada, com a tv ligada.<br /><br />Vai Julio, ta esperando o que? Pode trazer mais uma dose... dupla!<br />A partir do momento que você se vê com aquela merdinha de trampo, uma casa pra por comida e a Ritinha dormindo no sofá, pensa bem em que futuro vai ter ao lado dessa mulher que te jurou amor eterno naquele prédio azul da Universidade, às cinco pras duas de uma quarta-feira ensolarada.<br /><br />É Julio, as coisas não são fáceis. Você gosta de ser dono de bar? Nunca pensou e ser jornalista, não? Pois é... eu nunca pensei em ser dono de bar, mas jornalista...<br />Sabe como é né Julio, família típica de classe média, aquela história de ter diploma, aquele papo de meu filho vai ser engenheiro e o seu? Ah o meu vai ser médico e o seu?<br /><br />Porra, meu filho vai ser jornalista, um vagabundo nato! Nunca vi esse piá, passa o dia trancado, escrevendo, lendo, ouvindo música e tem aquele cheiro estranho no quarto dele que ele diz ser incenso, ta bom.. sei!<br /><br />É Julio, quem dera eu ter sido dono de bar, meus pais não teriam gasto com minha faculdade.<br />Pô cara, não ta sobrando uma vaga aí, eu posso escrever o cardápio, dar uma repaginada no bar, coloco umas notinhas aí que ta de cara nova, isso aqui vai lotar, heim!<br />Ta vendo Julio? Nem assim, eu deixo de ter essa alma jornalística nojenta!<br />Vai Juião, só mais uma e eu prometo que vou embora!<br /><br />Sabe Julião, agora vou pra casa... ver minha mulher, assistir o Jô e amanhã começa tudo de novo. Essa rotina de bosta que não me deixa sonhar! É isso, Julio... eu não posso sonhar, na minha profissão, tenho que dizer a realidade, nada de inventar, de sonhar! Tenho que ser factual! Que merda é essa? Factual? Cadê as viagens? Devaneios? Cadê tudo isso?<br />Porra Julio.. marca aí pra mim! Falou!Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-91066273115849251812007-05-01T20:04:00.000-03:002007-05-01T20:10:15.175-03:00021<ul><li>Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música <em>"Zerovinteum"</em> do Planet Hemp.</li></ul><p></p><ul><li>Esse texto é antigo, mas me deu vontade de torná-lo público. Deliciem-se!</li></ul><p>De repente eu estava de cara pro Cristo Redentor...<br />Ele me olhava meio desconfiado dos meus reais interesses ali na Cidade Maravilhosa... “Tudo bem, deixe que olhe!” Pensei eu mirando o Cristo que abria os braços pra me receber...<br />Caminhando um pouco mais cheguei onde sempre quis estar... Nos Arcos da Lapa. Acho que por influência do meu tio que sempre me fez ouvir samba em qualquer hora e em qualquer lugar ou também por ter visto Madame Satã naquele sábado meio nublado quando a Tv ainda era na sala.<br />Foi quando percebi que estava rodeada de pessoas interessantes, dispostas e discutir - não só no boteco, mas se preciso lá também - o futuro do país, política, vícios, novidades tecnológicas e tantos outros assuntos que quase não cabiam em nós.<br />Num piscar de olhos passeando pelo bondinho amarelo, cheguei a Santa Teresa com suas ladeiras imensas e casinhas simpáticas que me esperavam para conhecer um pouquinho mais daquela cidade. Do alto da casa da Baronesa, vi o Pão de Açúcar fazer o outro bondinho subir e descer.<br />Quando dei por mim, estava já em outro cenário... de frente ao famoso Hotel com vista para a praia dos fogos de reveillon... era ali Copacabana.<br />Caminhando pelo calçadão foi que me dei conta que muito mais importante que a gravação da nova novela que acontecia ali ao meu lado, era a imagem de Drummond sentadinho esperando, talvez, minha companhia. Não o decepcionei, sentei por ali e com ele troquei uma idéia.<br />Ele me indicou as pedras do Arpoador e logo em seguida uma caminhada até Ipanema...<br />Segui a diante como mandara o “gauche”... fui eu pro Posto Nove, ver pessoas bonitas e nadar no mar gelado apesar do imenso calor.<br />Depois disso tudo talvez fosse hora de ter uma realidade um pouco mais crua... Visitei a maior favela da América do Sul, me dei conta de que estava na Rocinha e muitas surpresas vieram... doses e doses de tapa na cara pra poder entender que minha vida é boa e bela e que não devo reclamar.<br />De volta a mim, passei pela passarela do samba e vi o palco do maior espetáculo da Terra, a Sapucaí.<br />Com tudo isso, ainda deu tempo de conferir apresentações de ícones da música nacional, empolgados com a atuação estudantil da garotada da Bienal.<br />Foi estranho admitir, depois de tanto dizer o contrário, que lá realmente é uma bela cidade e que só de lembrar da saudades...<br /></p>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-27803299833252065792007-03-20T10:21:00.000-03:002007-03-20T10:35:02.565-03:00Um café, um cigarro, papel e uma caneta por favor!<ul><li>Sugiro que leia esse texto ouvindo a música <em>"Café com cigarro",</em> do Dazaranha.</li></ul><p>Cansei! Nossa, correr é mesmo uma atividade para poucos. Não deve fazer bem correr tanto assim!<br />Na minha concepção de vida, onde consigo trabalhar mais com o cérebro do que com o físico, correr, realmente, absolutamente, indescritivelmente, cansa!<br />Meu Deus, foi só uma quadra... não, pensando bem, não é que foi só uma quadra, foi uma quadra inteira! Daquelas grandes, a quadra do cemitério! Puxa, ela é enorme!<br />Nossa, que sensação esquisita, tudo em mim treme, minhas pernas, braços, lábio, sinto-me ficar leve, suando frio, tenho a impressão de que minha pressão está baixando, opa! Não vejo mais nada com clareza, escuto bem ao longe alguns carros passando e acho que o que passou por mim agora foram duas menininhas indo pra aula, mas não tenho muita certeza.<br />Credo, porque será que não me dou bem com a parte física? Bem que eu podia ser um maratonista nato! Correr, nadar, pedalar e tudo isso ao mesmo tempo chupando cana e assobiando. Seria sensacional, mas não... meu negócio é somente escrever, ler, passar e-mails e viver minha vida naquele maldito, ou quem sabe, bendito escritório.<br />Bem que a Úrsula falou-me: “Cuidado Roberval, assim você morrerá cedo, não faz nenhuma atividade”.<br />E eu não acreditei, agora, aqui, sentindo minha pressão alcançar a incrível marca de 8 por 4, vejo que ela tinha razão! Não adiantou eu correr uma vez e ficar assim, tenho que ser módico, começar com 5 metros, depois 10 e ir aumentando paulatinamente até alcançar uma quadra inteira!<br />Opa! Sinto minha bunda tocar o chão, creio que caí, não agüentei o baque. Nossa, como as pessoas são frias nessa cidade, vêem um cara de meia idade como eu, cair no chão e nem param pra ajudar, ainda olham com uma cara de nojo, pensando: “Nossa, mas porque será que tal individuo se presta a sentar no chão da rua do cemitério?”<br />Vai ver é porque sou papa-defunto e adoro os comes e bebes dos velórios! Ora! Faça-me o favor, só estou aqui porque estou passando mal, sem ar, sem cor, sem crédito com os demais e praticamente sem vida! Ou seja, estou no lugar certo!<br />Mas péra lá! Vejo algo se aproximar! Deve ser um cachorro pra lamber meus pés abençoando minha desgraça e coroar meu arrependimento eterno por ter corrido essa maldita quadra!<br />Nossa, um cachorro de branco? E falando minha língua, devo estar morto já, e aqui os cachorros também falam português! Ou será que eu virei cachorro e falo a língua deles?<br />Não, esse cachorro ta meio grande demais, hei! Não é um cachorro, é um pára-médico!<br />Nossa, de onde ele veio? Pra onde está me levando? Será que vou de ambulância? Adoraria andar numa ambulância com sirenes e luzes ligadas, é o ó do sucesso isso não? As pessoas abrem espaço pra você passar, as velhinhas oram, as crianças ficam ouriçadas, os cães latem! Uau! Moço, de ambulância por favor!<br />Nossa, aqui dentro é ainda mais legal, vários caninhos presos a mim e uns tubinhos mágicos que me fazem ter a sensação de voltar a realidade!<br />O cara que me tirou do chão deve estar preocupado comigo, ele fala, fala e não entendo muito, mas vejo que ele faz uns sinais interessantes com as mãos, deve estar cuidando de mim!<br />Nossa! Agora sim! Sirene ligada, luzes piscando, é hora do show, baby!<br />Que fantástico, a Úrsula não vai acreditar quando eu contar. Epa! Epa! Que é isso moço de branco, mexendo nas minhas coisas? Como assim? Não, pode devolver minha carteira.<br />Ah não, é apenas pra saber meu nome, ué não tinha dito ainda? É Roberval, moço, igual o papai! Exato, sou júnior, isso!<br />Nossa por que será que ele não me ouve? Moço? Posso falar com você? Me escuta!!!<br />Opa! Cadê a sirene? E as luzes? Porque parou? Chegamos? Onde estamos?<br />Tchau moço, obrigada, e desculpe desconfiar de você! É que sabe como é né?! Sou executivo, não é qualquer um que pega na minha carteira!<br />Nossa, acho que cansei, será que posso dormir, alguém avisa a Úrsula que eu to aqui? Obrigada...<br /></p>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-32195168951767615572007-03-03T20:04:00.000-03:002007-03-03T20:13:24.437-03:00Girando... girando!!!<ul><li><em>Sugiro que leia essa texto, ouvindo a música "La Belle du Jour", de Alceu Valença.</em></li></ul><p>As vezes me dá uma vontade louca de escrever, mas também sinto vontade de sair dançando, rodando, sentindo o ar soprar em meu rosto e fechar os olhos de vagar para não entrar em desacordo com o vento.<br />Talvez seja isso mesmo que deva fazer agora, apagar as luzes, acender a vela e o incenso, abrir bastante a janela e aumentar o som.<br />Se eu morasse numa casa, rodopiaria feito peão em meu jardim.<br />Depois de cansada, de tanto girar, abriria uma cerveja bem gelada e sentiria ela descer-me rasgando de tão saborosa.<br />E sentada no chão, na penumbra, tomando aquela deliciosa cerveja, descolaria da realidade e iria voando para qualquer lugar, da mesma forma que me sentia livre enquanto girava de olhos fechados.<br />É mesmo uma pena eu não morar em uma casa!</p><p> </p>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-25013876.post-90814003944022836072007-02-27T17:48:00.000-03:002007-02-27T15:48:27.518-03:00Na rede<ul><li><em>Sugiro que leia esse texto ouvindo a música que você preferir... estou sem indicações melhores hoje! Boa leitura!</em></li></ul>Ele veio na surdina, como quem não quer nada e pegou-a no pulo!<br />Ela dormia calmamente na rede, tanto e tão bem que até babava.<br />Aquilo era um insulto, uma provocação, um despautério!<br />Aonde já se viu dessa idade dormindo em minha rede? Oras... isso só pode ser brincadeira e das de mal gosto!<br />Não era! Ela dormia calmamente, tranqüila e serenamente, tanto que até babava!<br />Ele com os olhos tomados de ódio e borbulhando de raiva, maquinava o que fazer com ser tão peçonhento que habitava sua morada.<br />Pensou em matá-la, uma vez que ser tão folgado assim, ninguém sentiria raiva e ainda agradeceriam por tê-la dado um fim.<br />Ela sonhava ao longe... tanto e tão bem que até babava!<br />Na cegueira total, coberto por toda ira existente na face da Terra, decidiu por fogo na maldita!<br />Esqueceu-se que ao por fogo na danada, iria de brinde sua tão querida rede...<br />E lá se foi a rede, a diaba e a baba...Unknownnoreply@blogger.com1