terça-feira, dezembro 12, 2006

VIDA!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Deus lhe pague" de Chico Buarque.

Fim de ano, planos, viagens, amigos, família, hospital, enterro (por que não né?!), pensamentos soltos, presos, esquecidos, jogados de lado, aquele papelzinho amassado que lembra tantas histórias, a música do cd do fulano, o fulano, o amigo do fulano, o livro que indicaram, talvez o filme, mais prático. Não, ainda prefiro o livro, o filme pra depois.
O passeio de tarde, o compromisso já marcado há dias, a falta de vontade de comparecer, a desculpa, a mentirinha boba, a saudade ... Nossa e bota saudade nisso!
O sonho, não aquele de alcançar um dia, o sonho que temos a noite mesmo, ou também aquele um de doce de leite, o café da tarde acompanhado de alguém especial, ou de alguém não tão especial assim.
A roupa nova, o prazer de usá-la pela primeira vez, o aguardo para usar a roupa nova e branca só no ano novo, o ano-novo! As boas vindas, os momentos mágicos, o momento a sós, a barraca, o vinho, o cobertor, a praia, infelizmente o dia de voltar.
As fotos, a máquina nova, a lembrança de ter ido e voltado, quem estava lá, o que encontramos, quem foi, quem não foi.
A briga, por menor que seja, o amor, o mais prazeroso, a reza por mais que não tenha lá tanta fé, o obstáculo para quem ainda não passou, a festa pra quem já conseguiu.
A bebida pra ficar bêbado mesmo, a ressaca pra se lembrar do que foi feito, a sede pra poder se recompor, a água de côco porque é abençoada.
O celular para comunicação imediata, a conta pra pagar, o trabalho, o salário, a dor de cabeça do aperto no fim do mês, o remédio pra essa dor, o descanso merecido do fim de semana, a saída de sábado a noite, as risadas, o sono merecido.
O óculos pra frente do computador, a Internet que só funciona as vezes, o técnico do provedor, o modem estragado, o modem novo, a dificuldade de entender informática.
O noticiário, a revista, o jornal, a matéria, o artigo, a entrevista, o perfil, o lead, o sub lead, a cabeça, a gravata, o suspensório, a foto, o engenhoso mundo jornalístico, a faculdade.
A conquista, a derrota, o campeonato brasileiro começando de novo, a negligência de não mais ter ido aos jogos do seu time, a decisão de esse ano ir com certeza! A torcida, o ingresso, o estádio, o gol, a cerveja pra comemorar, talvez uma camiseta nova do clube, a mudança de técnico, não entender muito de futebol, entender muito, jogar na quarta a noite, não jogar, só esperar a hora do churrasco.
Churrasco, uma chácara, uma escapadinha com amigos, risadas, colírios, óculos escuros, sonolência, chillas.
Palavras novas, novos significados, novas idéias, novos amores, novos amigos, novo emprego, nova casa, casa só sua, vida independente, promessas, oferendas.
Ano passando rápido, mais uma vez, cotidiano, aquilo de sempre e de repente,

Fim de ano!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Por incrível que pareça, eu sinto!

  • Desculpe leitor, parei um pouco para pensar em como seguirá a história de Lucia, enquanto isso, divirta-se com outra história. Obrigada pela preferência e volte sempre!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música “Preciso me encontrar” do Candeia.

Eu sinto medo. Mas só de algumas coisas
Eu sinto ódio. Talvez maior do que eu mesma
Eu sinto pena. Porque queria estar fazendo outras coisas
Eu sinto dor. E isso não sei bem por que
Eu sinto falta de ar. Porque às vezes todo o ar do mundo, é pouco para mim
Eu sinto formigamento. Talvez seja meu jeito de substituir as drogas que não uso
Eu sinto cansaço. Pois ter sentimentos cansa
Eu sinto fome. Porque larica, todo mundo sente um dia
Eu sinto frio. Pois por mais que não haja vento, meu corpo treme
Eu sinto sono. Porque depois do cansaço, o sono é muito maior do que qualquer sentimento.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Dia do Pode!

  • 6º episódio...

  • Sugiro que leia esse texto ouvindo a música "Por perto", do Pato Fú.

Hoje quando Marcio entrou aqui para fazer a vistoria das dez horas, me vi pensando em outra pessoa que não ele.
Lembrei-me daquele meu vizinho que avistei no ônibus... Pensei que podia me abrir com ele, mas quando menos percebi, já estava fora do biarticulado e nem tive chance de falar-lhe sobre meus problemas. Problemas, aliás, que eu não tinha e nem tenho, mas que criaram para mim.
Esta manhã, ele parecia tão próximo, mesmo que apenas por pensamento. Sentia uma sensação boa ao lembrar dele e de seu rosto me observando, e como seus olhos me registravam naquele aperto das seis da tarde.
Senti uma estranha vontade de saber como ele estava e onde estava e se estava realmente em algum lugar. Será que ele ainda lembra-se de mim?
Essa semana, pelo que o Marcio me disse, sairei pela primeira vez da clínica, eles chamam aqui de “Dia do pode”. Poderei, portanto, passar um dia com amigos e família em casa. A grande questão é que na minha casa não terei nenhum amigo me esperando e minha família, como sempre será apenas composta por dois membros, minha mãe e o Chatran aquele gato safado que insiste em fazer xixi no meu pé.
Não sou muito fã do dia do pode não, gostaria era de ficar por aqui mesmo... pelo menos aqui ninguém me chateia, nem o Chatran, muito menos dona Laura. E ainda posso conversar com o Marcio até ele cansar e dizer: Lucia, entra, agora tenho que trabalhar!

Será mesmo ela a maluca?

  • 5º episódio...

  • Sugiro que leia esse texto ouvindo a música "Sonhei" de Lenine.

O mais engraçado é que depois daquela última vez em que vi Lucia no ônibus, não consegui parar de pensar nela.
Eu vou aos lugares achando que vou encontrá-la, mas nada!
Queria saber se ela se mudou, para onde foi, que rumo levou.
Estranho, é que vejo a mãe dela sempre... uma tal de Dona Laura, como ouvi no mercadinho da rua de baixo, hoje pela manhã... já a própria Lucia, nunca mais!
Onze meses, onze meses sem vê-la.
Aqueles olhos angustiados pareciam tanto querer me dizer alguma coisa que até agora não decifrei!
Hoje fui almoçar na casa da minha irmã, ela e seu namorado finalmente noivaram! Tava na hora, Alice já estava ficando para titia.
Nem sei por que pensei em Alice agora; talvez pela semelhança com Lucia. Minha irmã é tão bonita quanto ela.
Queria poder entender por que diabos esta menina não me sai da cabeça!
E depois, dizem por aí, que a Lucia é que é maluca!!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Sobre Marcio e remédios!

  • 4º Episódio sobre Lucia. Leia os outros, para melhor aproveitamento! Divirta-se!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música Ironic de Alanis Morisette

Aqui vejo coisas diferentes... todos são pálidos e as cores pastéis me enjoam.
Faz tempo que eu não converso com alguém que não esteja chapado de remédio ou que não seja funcionário, se bem que desconfio do Marcio, ele tem cara de maconheiro! E é o único que não é pálido...
Pois é, o Marcio! Ele é lindo, forte, moreno, tem uma nuca linda! Sempre gostei de nucas não sei bem por que.
Quando ele vem fazer vistoria, sempre dou um jeito de conversar com ele.
Dia desses, ele disse que tinha ido a um show e que adorou e falou mais alguma coisa que não me lembro, porque estava perdida em sua beleza.
Há onze meses conheço o Marcio, já me imaginei sua namorada, noiva, esposa e sempre voltei à realidade quando ele entrava no quarto e dizia que era a hora do remédio.
Deus me livre tê-lo me remediando para sempre! Quero Marcio para outras funções!
Voltando ao início disso tudo, o quarto, o corredor, as coisas e as pessoas são brancas, pálidas e eu não quero mais ficar aqui.
O Marcio que me perdoe!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Dona Laura.

  • Se você está chegando aqui pela primeira vez, gostaria que soubesse que estou contando uma história em alguns textos e esse que segue, é mais um trecho. Para acompanhar desde o início, você pode ler os textos "Lucia linda" e "Aos olhos de Lucia". Divirta-se!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Behind blue eyes" do The Who.


- Desculpe, mas ela demonstra grande apatia ao tratamento!
- Mas isso é impossível, já faz onze meses e não há nenhum progresso, doutor?
- Então, no início ela ficou muito agitada, mostrava impaciência e dizia coisas desconexas. Com o tempo parou com esses distúrbios, pois aumentamos a medicação, mas agora mostra-se indiferente a qualquer tipo de interferência médica. Cremos que ela criou um Universo Paralelo.
- Mas isso é um absurdo! Minha filha é louca e vocês não fazem nada! Gasto uma fortuna nessa clínica para o senhor vir me dizer que ela demonstra apatia ao tratamento?! Ora, faça-me o favor!!!
- Minha Senhora, ela não é louca, apenas apresenta distúrbios de personalidade e...
- E nada, a Lucia é louca sim e vocês estão se recusando a medicá-la.
- Não, a senhora está completamente equivocada, se é isso que a senhora pensa, deve tirá-la dessa clínica, pois aqui não é hospício! Porém, tenho absoluta certeza que louca, sua filha não é!
- Pois bem, cuidarei disso ainda essa semana!
- Passe bem Dona Laura!

domingo, outubro 01, 2006

Aos olhos de Lucia

  • Antes que comece a ler "Aos olhos de Lucia" , peço para que leia o texto "Lucia linda", creio que será melhor compreendido!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Conquer it all", do Bambix.

Eu não sei bem porque, mas aqui no bairro sempre acharam que eu era meio pancada da cabeça, eu ouvia comentários: -“Lá vai a linda tadinha, tão louca”
Nunca me esforcei para provar o contrario é verdade, e meu jeito explosivo sempre acentuou esses adjetivos.
Enfim, dia desses eu estava realmente muito nervosa e ainda assim, peguei o biarticulado.
Quando entrei no ônibus, avistei um vizinho meu, notei que ele me observava, mas como estava muito chateada, virei de costas pra ele, de frente para a porta e lá fiquei com minha raiva e angústia.
Não podia gritar, então, sussurrava e batia na porta para aliviar-me.
Lá pelas tantas, pensei em desabafar com o tal vizinho já que ele se mostrava assim tão interessado em mim.
Mas de repente, quando criei coragem, vi que ele descera do ônibus. Então me bateu um desespero e fiquei ainda mais nervosa, percebi que ele me acompanhou com os olhos de dentro do tubo enquanto o ônibus partia.
Foi a última vez que o vi.

domingo, setembro 17, 2006

Uma pequena confissão, admito!



  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Símbolo da Paz" do Ventania.
Até que ponto podemos dizer que fomos felizes, que vivemos bons momentos, que foi um tempo incrível?
Os céticos, por exemplo, nunca admitiriam seu momento de pura felicidade, pois não acreditariam que ele existiu.
Já eu, que não sou cética e estou longe de ser descrente, fazendo o balanço geral de tudo o que houve, posso dizer que sim, fui feliz ali. Não foi provocado, instigado, foi a magia, foi o momento, as pessoas, o lugar, o que foi dito, o que se pensou, o que se acreditou.
Sabe aquilo que se diz: “ah só quem viveu é quem sabe!!” é mais ou menos por aí.
Foi exatamente isso que coloquei na balança e pesou para o lado da felicidade, do bom momento, do inesquecível, por mais que digam que sempre esqueço tudo.
Se você um dia tiver a oportunidade de ser feliz, ou de ao menos ter momentos de felicidade, não diga não, entregue-se! Aproveite, pois provavelmente igual, nunca será!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Lucia linda!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Container" do Mombojó.

A Lucia era linda, acho que a mais bonita do bairro, meio pancada da cabeça, é verdade, mas a beleza escondia ou pelo menos disfarçava aquela maluquice toda. Uma vez peguei o biarticulado e uns pontos adiante ela entrou e parou bem em minha frente. Virou-se de costas para mim e bem pertinho da porta, batia os punhos fechados no vidro e sussurrava palavras quase inaudíveis.
Talvez um metro e sessenta, olhos negros, a pele era bem lisa e clara, tinha os cabelos repicados pintados de vermelho e trazia no canto da boca carnuda um piercing de argola. Vestia o mesmo jeans de sempre, com aquele cinto de rebites já meio surrado, encasacada, pois realmente fazia um frio enorme esse dia.
Aquela tarde em especial, estava mais agitada que o normal, suas mãos pareciam dizer que algo estava por vir.
Lucia balançava a cabeça enquanto balbuciava aquelas palavras, a mão não parava de bater no vidro. Não era uma batida forte, mas era incisiva, ali continha muito ódio, uma raiva quase que insuperável de algo que não podia distinguir o que era.
Mais adiante tive que descer, e da estação tubo enquanto o ônibus partia, via Lucia ainda mais agitada e nervosa, parecia que começava a chorar.
Lá se foi Lucia, a última vez que a vi...

sábado, agosto 05, 2006

A música que eu gosto da banda que eu não gosto!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo a música "Vou pra aí" do Jota Quest.
Quando eu cheguei, logo notei que tinha algo errado com a luz, mas com esses meus últimos esquecimentos, talvez pudesse ter deixado a do banheiro ligada sem notar...

Fui fazendo tudo aquilo que sempre fazia ao chegar em casa: tirei os sapatos, chaves no cinzeiro, cabelo preso, bolsa em cima do sofá, oi pro Chano e notei a luz acesa!

"Engraçado!" Pensei eu pegando o Chano no colo e lhe acariciando a nuca, sentindo o relaxar de seu corpinho em meus braços... "Não me lembro de ter deixado essa luz acesa!"

Por um momento, ainda pensei que tivessem entrado em minha casa, mas logo notei que tudo estava ali, tv, som, computador... enfim, tudo estava lá.

"Devo ter deixado acesa sem perceber, essa minha cabeça, anda nas nuvens." Apaguei a dita cuja.

O Chano deu aquela “miadinha” e logo me lembrei que tinha de colocar comida pra ele.

Liguei o som, e na rádio tocava uma música antiga, que há tempos não ouvia e se me lembro bem, memória não é meu forte, mas vá lá, nunca gostei muito da banda, mas dessa música eu gostava.

Aumentei o som, tanto que o Chano deu um pulinho pro lado enquanto comia sua misturinha.

Percebi que a música me fazia lembrar dele. E foi me dando uma saudade! As vezes me lembro dele aqui nessa casa, brincando com o Chano, arrumando a mesa pra gente comer algo, ligando o som e curtindo uma musiquinha num volume quase mínimo... Ai, que saudade!!

O telefone tocou:
- “Graças a Deus você ligou, me deu um negócio agora e comecei a lembrar dele!........ Aham, eu to tentando pensar em outras coisas, mas você sabe que é difícil........... Sair hoje? Ah não sei não, acho que hoje eu to meio fossa sabe? Quero ficar em casa mesmo............... Será? Puxa, mas eu to meio borocoxô mesmo, acho que não vou....... Ta, me liga mais tarde então, beijo.

Peguei a tigelinha do Chano, lavei e a música tinha acabado, resolvi tomar um banho e colocar um cd, assim quem sabe não me voltassem mais essas bobagens de saudades!

Funcionou, nos primeiros 30 segundos, logo depois, voltei a pensar nele, em mim, em nós... Saudade mesmo!

A água escorria e ia fazendo desenhos em meu corpo, me lembro de que cada gota era uma lembrança diferente...

“Eu queria tanto que tudo fosse como antes” olhava pro Chano que me olhava tomando banho....

A campainha tocou e me enrolei na toalha meio correndo, molhei todo o corredor. O Chano miava ao lado da porta e pelo olho mágico meio embasado consegui ver aquilo que não acreditava que fosse verdade.

Abri a porta e era ele, com uma garrafa de vinho, uma rosa e um jantar improvisado às pressas de alguma casa de massas.

Oi, eu estava no carro agora há pouco e ouvi aquela música, daquela banda que você nunca gostou, mas daquela música você gosta e pensei que talvez você estivesse em casa e quisesse jantar comigo e....fiquei com saudades e.... poxa! Você vai me deixar na porta?

Não, desculpa, entra, pode entrar....

segunda-feira, julho 24, 2006

Não como era antigamente!

  • Sugiro que leia esse texto, ouvindo "Um branco, um xis, um zero" de Arnaldo Antunes.

Dia desses resolvi voltar aos velhos tempos. Revisitar amigos, pessoas, lugares, músicas, fotos, filmes, cheiros, sabores e nessas... voltei a beber.
Não que já não bebesse mais, é que como estava dando uma volta no passado, resolvi relembrar como era beber como antes. ("antes", no sentido de muito, bastante, grande quantidade.)
Esqueci como eu fazia isso com perfeição antigamente, hoje não tenho mais tanta desenvoltura...
O dia seguinte é sempre um problema, problema, aliás, que eu não tinha antigamente.
Uma confusão mental, física, psicológica, terapêutica... É, não sou mais a mesma!
Daí surge um breve arrependimento... mas porque Diabos fui eu inventar de beber? É nem tudo tem explicação...

(Já passei um pano, um branco, um zero, um xis, um traço, um tempo, já passei.)

segunda-feira, julho 10, 2006

AVISO!

Confesso, ando sem inspiração nenhuma pra escrever, meus pensamentos andam distraídos, na realidade acho que estão canalizados em outros assuntos...

Por este motivo, deixo a seguinte mensagem:

Estou em manutenção, desculpem pelo transtorno, estaremos atendendo normalmente em breve. Grata!

sexta-feira, junho 16, 2006

Monólogo do doce!

Tenho que parar com essa mania de querer comer doces às quatro horas da tarde... Eu sei que engorda, causa flacidez, a pele fica oleosa... mas não consigo.

Devia trocar os chocolates por morangos... muito mais saudáveis! Uhm... que tal um bombom de morango?? Perfeito heim...?

Não garota, pára com isso!! Chocolate não, só morango!

Quem sabe então um morango com leite condensado??? Ááááhhh... não!!!

Chega, vou pensar em outras coisas que não sejam de comer, algo como... documentos, fotos 3x4

Nossa, isso é horrível... as pessoas sempre saem com cara feia nessas fotos, cara de maracujá de gaveta!

Aliás, um mousse de maracujá agora ia bem né?! Aff! de novo não!!

Tá... pensar em livros...

Tem um do Luis Fernando Veríssimo que chama-se "Clube dos Anjos"... é daquela coleção dos sete pecados capitais e é sobre........ Ah não!!! É sobre a GULA!!!

Nossa, eu vou ter um troço se não comer um doce agora!!! São 15: 50... faltam dez minutos pra tocar meu relógio biológico e eu sair correndo atrás daquele chocolate que eu escondi....

Meu Deus escondi o chocolate de mim mesma?

Cinco minutos... contenha-se!!!
...
Três minutos.... não vou agüentar!!!
...

Tá... calma... são 120 segundos até às quatro... você está tranqüila e não vai querer comer nada... você ta mais pra Mônica que pra Magali.. e depois outra, a Magali comia frutas... e isso que ela era criança!!

Se bem, que ela foi inventada por um adulto que queria mostrar às crianças que comer besteira e fora de hora faz mal!

E se eu sair correndo agora? Bem agora??? Eu tenho 60 segundos para descer as escadas e me esquecer o horário...

A culpa é do relógio, se ele não existisse, não haveria quatro horas e assim não sentiria vontade de comer doces!!!

Vou quebrar todos os relógios assim como o Capitão Gancho depois que o crocodilo comeu sua mão!

Ai, até o crocodilo comeu e eu nada!!!

Vou me amarrar na cama!!!

30 segundos... Não vai dar tempo!!!!

Nããããão!!!

Tarde de mais... Nossa, que delícia... ai que maravilha, que beleza de chocolatinho!!!

Era bem esse que eu queria! Que ótimo ainda bem que escondi esse aqui heim! Ufa! Que beleza!

...

Ai, chega! Não agüento mais ver doces... Ui.. credo, vou guardar isso já! Bléé...

domingo, junho 11, 2006

Andanças...

Ele somente andava... não dizia mais nada, não acreditava em nada, simplesmente andava.

Usava somente aquele par de tênis antigos e sujos, com um velho moletom rasgado e uma toca pra esconder a cabeleira que já não via tesoura há um bom tempo.

Saiu um dia pra caminhar e nunca mais voltou. As pessoas tentavam convencê-lo a voltar pra casa, mas com a cabeça acenava um tranqüilo não...

Eu, cá com meus botões, acredito que ele perdeu a fé - será que quem perde a fé fica assim? - Enfim, eu acho que ele nunca mais vai voltar. E nem adianta falar...

terça-feira, maio 30, 2006

Dois em um!

Fazia tempo que eu não escrevia e até andava sem idéias, talvez a euforia do Markun ter comentado aqui, me fez bloquear a escrita. Foi aí que olhei meus cadernos e encontrei aquilo que precisava. Duas idéias que agora compartilho com vocês. Mais uma vez, divirtam-se!

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Hoje eu queria ser você e por um dia ser você!
Viver seu mundo, resolver seus problemas, apaixonar-te.
Gostaria hoje ter o teu jeito, sentir o teu cheiro, banhar-te.
Queria hoje falar por você, pensar por você, mimar-te.
Queria fazer da minha a tua vida! Só por hoje e só por você, amar-te!


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Perder a hora
perder a cabeça
perder o momento
que vai com vento.

sábado, maio 13, 2006

Varal

A roupa balança no varal e lá fora, só que do outro lado, o pequeno corre atrás da galinha.
Ele quer pegá-la pois acredita que dentro dela há milhões de ovos... de Páscoa.
Na cadeira de balanço, lá dentro, ela se lembra que tem que colocar a água pra ferver.
Deixa de lado seu bordado e põe a lenha para esquentar.
Ao fundo ela escuta o radinho de pilhas que grita alucinado um gol que ela não faz questão de saber de quem foi.
Ao mesmo tempo, um ronco alto, daqueles que estão fazendo o sujeito dormir com os anjos.
É ele, ele quem dorme ouvindo futebol.
Na escada, nem um só passo e lá fora, a roupa balançando no varal.
Aos poucos, ela ouve eles voltando da caminhada e a pequena, trás na blusa que faz de trouxa, um tanto de pinhão.
Os sapatos sujos e aquele frio típico, permitem que ele leve duas broncas, uma ao entrar com os pés enlameados e outra ao tirar os sapatos para que não sujem nada e pisando na lajota fria ouve:
“Olha o resfriado meu filho...”
O pequeno volta desapontado, não havia ovos de Páscoa!
A pequena se ajeita na cadeira de balanço com ela e juntas, continuam o bordado.
Ele prossegue a roncar e o jogo ainda não acabara.
O outro, já calçando sapatos limpos e quentes, cuida da água e do pinhão.
E a roupa, continua a balançar no varal.

terça-feira, maio 02, 2006

Um mês, ou quem sabe, 30 dias!

Um mês! O que pode acontecer em um mês?
Quantas vidas?
Quantos óbitos?
Quantos xixis fazemos em um mês?
Quantas palavras falamos em um mês?
Quantas vezes choramos em um mês?
O que é passar 30 dias preso?
Ou 30 dias livre?
30 dias sozinho ou com quem se ama?
Ou com quem não se ama mais?
30 dias felizes?
Ou apenas 30 dias?

Mentiras.

Era dezembro e mesmo separados resolveram presentear-se.
Ele não era muito jeitoso com essas coisas, talvez não que eu me lembre, mas ela, áh! ela dessa vez superou-se.

A caixa era pequena mas quando ele abriu, havia uma máquina fotográfica e num pedaço de papel a seguinte anotação: "Que é pra ver se você volta, que é pra ver se você vem, que é pra ver se você olha pra mim."

domingo, abril 23, 2006

Pizza, refri e chocolate!!

- Só consigo escrever no claro e a luz do quarto queimou.
- Mas por que não escreve em outro lugar?
- Porque eu não consigo sair daqui!
- Ué, qual o problema?
- To com dor nas pernas, desde ontem não consigo andar!
- Poxa, mas que chato... tá sozinho aí?
- To sim!
- Quer companhia? Posso levar uma pizza, refri e uns chocolates!!
- Pizza de tomate seco com rúcula?
- Pode ser!
- E Guaraná Antártica?
- É, pode ser!
- E Hershey's meio amargo?
- Tá, pode ser!
- Então beleza... mas, como vou abrir a porta?
- Joga a chave pela janela! Nossa tá doendo tanto assim?
- Opa, não sabe como, tá, eu faço uma força!
- Então beleza, eu aproveito e troco a lâmpada também, daí fica tudo certo!
- To esperando.
- Tchau!
- Tchau, abraço!

terça-feira, abril 11, 2006

Consulta...

- Conjuntivite...
- Meu pai teve isso uma vez!
- Pois é, agora a vez é sua!
- Tudo bem, não me importo!
- Como não, você vai pra praia, sair com seus amigos e vai ter que ficar de óculos escuros o tempo todo.
- Tudo bem, meu pai me deu óculos escuros de aniversário.
- Mas você não pode chegar muito perto dos outros, é conjuntivite viral... daquelas que passa!
- Tudo bem, não preciso ficar perto de ninguém mesmo!
- Bem, neste caso... Hei, você não vai a aula?
- Não, férias até agosto!
- Puxa, que longe!
- Nem me fale, só eu sei o quanto...
- Que bom né?! Assim não tem mesmo como entrar em contato com os outros.
- É verdade!
- Bom, sendo assim repouse, não se aproxime de ninguém, use toalhas limpas, papéis descartáveis, colírio que já te dou a receita e...
- Pera, me lembrei, tenho um ensaio amanhã!
- Mas a camera é sua?
- Não...
- Neste caso.... use seus óculos, eles protegerão...
- Ufa! Achei que não ia poder fotografar!
- O certo era não misturar né?! Mas...
- Ta certo, obrigada doutora...

terça-feira, abril 04, 2006

As fotos, o papel, a música e você.

É, mas eu só queria mesmo era ver aquelas fotos velhas. Só queria ler de novo aquele poema num papel amarelado que você me deu aquela vez. Ouvir a nossa música várias vezes seguidas, enquanto revia as fotos e desenrolava o papel...

E vendo as fotos, desenrolando o papel e ouvindo a música, me lembrar de você.

Saudosismo, palavra estranha, acho que é porque rima com masoquismo. Me deixa confusa, angustiada, mas nada melhor... áh, nada melhor quer rever aquelas fotos velhas...

segunda-feira, abril 03, 2006

You cannot make me to be someone who never will be changing!

Daí que a gente muda mesmo... e eu não tenho vergonha! Só acho engraçado como muitas coisas e pessoas já não me servem mais. Não servir de "tenho que jogar fora", apenas não são mais tão próximas, o pensamento tá longe de bater com o meu!

Eu me lembrei de tantas histórias ontem a noite e me surpreendi como tudo na minha vida mudou e creio que não só na minha.

Pensar em mudança assusta e assusta porque estamos adaptados com aquilo que vem até nós... irmos atrás de algo novo cansa e no meio do caminho, podemos descobrir tantas coisas sobre nós mesmos que é melhor ficar na ignorancia. (Meu caso nem Freud explica hehehe)

Só que eu já não tenho mais esse medo...e tenho me deixado levar pelo novo. Voce também poderia experimentar isso, não?!

Tente... tente pra ver como é bom... Descubra-se outro(a), seja feliz sendo outro(a), ou assumindo que é isso mesmo.

Não julgue as mudanças como fatos ruins... "You cannot judge the dog jus't by it's drool".

Seja feliz... Cause I change with time and that's not a crime, is in my nature to be changing...

sexta-feira, março 31, 2006

No escurinho do cinema...

Com uma interpretação que não nos deixar mover para o lado, ao auto dos seu bons vividos anos, Paulo Autran, interpreta em "A Máquina" a história de Antônio, um nordestino que se diz filho do tempo.
Num enredo cheio de personagens típicos brasileiros, Antônio vai desvendando e nos envolvendo numa história de amor e magia, onde surgem formas e formas de pensar sobre as nossas vidas.
Um filme digno de ver e logo após, ver de novo. Um elenco incrível, com destaque para Wagner Moura, que deixa de lado seu papel de galã e vem com força total como um apresentador sanguessuga de televisão sensacionalista.
"A Máquina" digno filme de se prestar atenção! Taí a dica de cinema da semana amiguinhos...


Observação importante: Até a Mariana Ximenes saiu-se bem como a mocinha Carina.

quinta-feira, março 30, 2006

Por essas e outras.... aguentem...

Uma vez descobri algumas pessoas, mais que isso, descobri suas maneiras, gostos e fui revelando suas personalidades centímetro a centímetro.

Foi tímido no início, mas já faz tanto tempo que hoje já nem lembro mais.

Eles me viram sorrir e até gargalhar, me viram bufar e até espumar, me viram xingar e até chorar.

Creio que são os que estão até hoje por aqui e um ou outro que se afastou, creio não se esquecer jamais do que vivemos.

Ainda hoje penso em cada um, em o que é cada um de voces que me fazem ser o que sou.

E chego a conclusão que são tão diferentes....

Vejo por exemplo ela, tão sincera, tão responsável, tão fiel, tão amiga, tão amarga, tão tudo, que chega a ser meu Adão!

Já ele, vejo-o sempre de baixo, porque nem na cadeira, ficaria tão enormemente maravilhosa como ele é. Um homem, meu herói e como todo bom herói, o meu também voa.

Um que chegou do nada e que mais do nada ainda fez com que eu me apaixonasse, me deixasse cair na asneira do amor. Amor infantil, daqueles que abre a boca ao ver as luzinhas do Palácio Avenida e que chora ao ouvir "pinheirinhos de alegria lálálálál..."

Outra que nem de longe pensei um dia em ser amiga. Uma amável e querida patricinha de Beverly Hill.( mais conhecida como Foz do Iguaçu...) Sim, fashion é seu sobrenome e seu nome é de Rainha, mas porque não seria se é isso que ela é?!

Um outro que ha anos tem a mesma cara e que nunca vai mudar. Ele me ensinou que devo levantar minha bunda gorda (gorda como a dele)e fazer a minha parte na sociedade e que se alguém vier me azucrinar tenho que sair gritando: "É moschcore!! é moschcore!!!"

Teve um que me ensinou a falar alto, falar muito, não parar de falar. Ele me ensinou que as melhores coisas da vida são os detalhes. Foi ele também que me curou de um porre de tequila que aliás, tomamos juntos, sozinhos, sem vergonha e com muita alegria, afinal, a garrafa foi achada no meio da roupa suja!!!

Em meio a esses tantos, teve um grupo que me revelou os prazeres da dança, do samba, do foda-se e principalmente o de ser MAIOR DE IDADE.

Antes deles, ainda teve aquele por quem me apaixonei no cursinho e que era PT que nem eu!!!

Uma outra também, que fazia teatrinhos comigo e que, Meu Deus!! acatava minhas ordens.

E uns e outros que tocavam violão a luz de velas nas reuniões do AA.

A todos esses, e aos muito mais, agradeço a todo momento! Muito obrigada por tudo e qualquer coisa.

Voces são as melhores pessoas do mundo. Eu amo voces!

Apenas o início!

Bem, como já havia dito ao meu querido amigo Abagge, estou precisando de algo que infle meu ego... Tenho praticamente certeza que é por este motivo que criei um blog!

Ou talvez para poder mostrar a todos que o Felipe não é o único na família que sabe escrever! Nunca chegarei a seus pés, mas o caminho é longo, quem sabe um dia não Fe...

É apenas o iníncio do início... Amigos, amigas, familiares, inimigos, japoneses, lambuzem-se com minhas idiotices, meus pensamentos torpes, minhas idéais idiossincráticas (sempre quis usar essa palavra!)meus problemas e soluções para as suas vidas.

Sejam felizes.